Não.
É só tinta
Papel
E melancolia
Renata Martins
(Escrito em 23.03.08)
- Páscoa de lá.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Sobre [minhas] palavras mudas
Você é a palmeira,
você é o grito que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
(Carlos Drummond de Andrade)
E dessa vez eu escrevo
Pra tentar gritar pra você
Todas as palavras que eu engulo
Ou escondo dentro dos meus sorrisos
Elas não saem
(Não porque não queiram)
Elas só não acontecem
Porque não sabem falar
Precisam que eu pare
E as escreva
Pra que possam, finalmente,
Contar o que se passa dentro de mim
Eu tenho medo.
Renata Martins
(Escrito em 14.08.08)
- Faltam 10 dias.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Dicionário
Arre!
Onde é que as minhas palavras se escondem?
Parece que ficam todas embaralhadas
Falando ao mesmo tempo
Dentro da minha cabeça
Ainda não aprenderam
Mas a minha parte é perguntar
E a delas, responder
Nunca gostaram da minha caneta
Ao simples toque no papel
Elas se calam
E figem simplesmente não existir
Não importa quantas coisas eu queira dizer
Quantas perguntas eu queira fazer
Elas não estão ali
Aparecessem elas por aqui
Esse poema tinha fim
[dilema]
Renata Martins
(Escrito em 06.08.08 - Madrugada, alta madrugada)
- Sopa de letrinhas... histéricas.
Onde é que as minhas palavras se escondem?
Parece que ficam todas embaralhadas
Falando ao mesmo tempo
Dentro da minha cabeça
Ainda não aprenderam
Mas a minha parte é perguntar
E a delas, responder
Nunca gostaram da minha caneta
Ao simples toque no papel
Elas se calam
E figem simplesmente não existir
Não importa quantas coisas eu queira dizer
Quantas perguntas eu queira fazer
Elas não estão ali
Aparecessem elas por aqui
Esse poema tinha fim
[dilema]
Renata Martins
(Escrito em 06.08.08 - Madrugada, alta madrugada)
- Sopa de letrinhas... histéricas.
domingo, 3 de agosto de 2008
Ufologia
"E eu digo calma, alma minha. Calminha.
Você tem muito o que aprender."
(Zeca Baleiro)
(Em voz baixa)
E era esse o poema
Que não queria ser escrito
Gostava de ficar guardado
Se julgando especial
Talvez ele soubesse que era importante
Ou que as palavras ali escritas
Tinham sido escritas e apagadas
Uma centena de vezes
Era um poema distante
Que não dizia o que devia
Nem deixava claro
O que [eu] queria
Talvez ele já soubesse
[Antes de mim]
O porque de ser escrito
(Esse é o perigo dos poemas)
Talvez quisesse falar de sensações
Que a caneta não quer escrever
Era um poema sobre a falta de palavras
(sobre você)
Renata Martins
- Pronto. Promessa cumprida. Feliz aniversário.
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