Escrever não faz sentido
Se não há nome para o que eu tenho a dizer
Se essa ânsia de dizer é vã
Se esse espaço não comporta o infinito
De nada me adiantam essas palavras
Sem sentido, sem peso, sem verdade
Me importa o que não tem nome
O indizível, o inexplicável
O que se diz na pele, no cheiro
Eu quero traduzir o coração aos pulos
A escola de samba muda dentro do meu peito
O breve minuto eterno de silêncio
Eu quero cantar o que eu não vejo
E nomear os teus beijos roubados
Os nossos encontros marcados
O meu sussurro gritado
Quero um nome que me traduza você.
Renata Martins
(Escrito em 16.06.07)
- Os amores mudam.
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