Expectativas existem para serem frustradas, concluiu em silêncio a moça de vestido colorido e flor na cabeça. Fechava os olhos, ainda pesados da noite anterior, tentando entender a lógica burra dessa vida em comunidade. A lógica estranha e burra de todas as coisas que passam.
Açúcar, pensou, açúcar seria bom.
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Eram todos os dias iguais. Cheios de sol, tempestades e falta de vontades. Eram dias seguidos de noites, sempre. Nunca um céu de lua cheia.
O tempo guardado dentro do relógio pendurado na parede, a felicidade das cores resumida num esmalte para as unhas.
O mesmo sempre, sempre.
Na lembrança, a menina. Assim fazendo pose pro retrato de ficar na parede. Numa falta de preocupação, como se o futuro fosse certo e o tempo passasse como devia ser. Nunca um medo maior, nunca uma preocupação com o sempre.
E hoje tinham lhe dito que, por alguma razão, era dia de ser dia diferente.
Era dia de abrir a janela, de deixar que lhe dissessem que o futuro seria bom, de receber abraços guardados pra dias como esses. Era hoje um dia de ver o tempo caminhar. De ver os ponteiros do relógio correndo em círculos, sem chegar nunca em lugar nenhum.
Dormia sempre que algo dava errado. Pedindo pra que o mundo corresse pra um lugar melhor. Pedindo pra que tudo fosse diferente na hora de abrir os olhos.
Talvez alguém tenha lhe ouvido, quando acordasse, hoje, duas décadas teriam passado.
O tempo guardado dentro do relógio pendurado na parede, a felicidade das cores resumida num esmalte para as unhas.
O mesmo sempre, sempre.
Na lembrança, a menina. Assim fazendo pose pro retrato de ficar na parede. Numa falta de preocupação, como se o futuro fosse certo e o tempo passasse como devia ser. Nunca um medo maior, nunca uma preocupação com o sempre.
E hoje tinham lhe dito que, por alguma razão, era dia de ser dia diferente.
Era dia de abrir a janela, de deixar que lhe dissessem que o futuro seria bom, de receber abraços guardados pra dias como esses. Era hoje um dia de ver o tempo caminhar. De ver os ponteiros do relógio correndo em círculos, sem chegar nunca em lugar nenhum.
Dormia sempre que algo dava errado. Pedindo pra que o mundo corresse pra um lugar melhor. Pedindo pra que tudo fosse diferente na hora de abrir os olhos.
Talvez alguém tenha lhe ouvido, quando acordasse, hoje, duas décadas teriam passado.
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