"Há mais solidão no aeroporto
Que num quarto de hotel barato."
(Zeca Baleiro)
Quando a gente quer escrever
Assim, só por escrever
As palavras não saem da caneta
A gente quer só que o tempo passe
Que a cabeça esqueça
Que a caneta escreva
A gente pede pro olho fechar
Pro coração se aquietar
Pra lágrima voltar
Mas tem sempre um pensamento fixo [aquele]
Uma palavra que não faz sentido
Um verso que não quer encaixar
Tem uma hora que a gente se rende
[depois se arrepende]
E escreve qualquer coisa que se invente
Arre! Não há sossego no aeroporto.
Renata Martins
(Escrito em 25.08)
- Avião sem asa.